Você sabia que através do planejamento previdenciário dá para aumentar, de forma significativa, o valor da sua aposentadoria? E que também existe a possibilidade de economizar com o valor contribuído ao INSS ao se organizar para solicitar seu benefício?
Por isso, se você está perto de se aposentar ou deseja se aposentar com segurança no futuro, deve conhecer essa estratégia que pode antecipar ou até mesmo aumentar o valor do seu benefício.
O planejamento é uma medida realizada a partir de um estudo do histórico previdenciário.
Este estudo consegue identificar o melhor momento ideal para a sua aposentadoria e o que precisa ser feito para receber o melhor benefício de acordo com as necessidades de cada cliente.
Ainda, essa medida tem como objetivo trazer agilidade para o processo do segurado, aumentando as chances de ter o benefício concedido já na via administrativa.
Como funciona o planejamento na prática?
O planejamento é basicamente um cálculo acompanhado de um estudo jurídico previdenciário baseado no valor da contribuição e nas informações previdenciárias do indivíduo.
Ele fornece, a partir desses estudos, uma estimativa matemática que permite acessar os valores dessas contribuições com o objetivo de definir qual será o montante recebido a título de benefício.
E é a partir dessas informações que pode-se identificar quanto o trabalhador terá direito de receber ao se aposentar.
É importante ressaltar que muitas vezes esse cálculo é realizado com projeção a longo prazo, podendo ser para daqui 10, 20 ou 30 anos. Por isso, existem programas de cálculos que levam em consideração uma estimativa tanto para os reajustes anuais, quanto para a inflação, a fim de garantir um resultado mais fiel do valor a ser recebido no futuro.
Quando deve ser elaborado?
O planejamento pode ser realizado em diversas fases da vida do segurado, mas quanto mais cedo for organizada a documentação, menores serão as chances de indeferimento do benefício pretendido.
Importante destacar que o planejamento é indicado para todos os tipos de segurados do INSS, seja quem contribui por conta própria (autônomo ou facultativo), ou trabalhador registrado (celetista), tendo em vista que todos os segurados são beneficiados com o conforto e a segurança de poder se organizar ao saber o valor da aposentadoria
Enquanto os segurados autônomos tem a possibilidade de decidir sobre o valor das contribuições e projetar o valor a ser recebido no futuro, os segurados registrados também são beneficiados com as diversas possibilidades de cálculos de aposentadoria após a Reforma da Previdência.
Lembrando que o planejamento não serve apenas para quem ainda está longe de se aposentar. Quem já preenche os requisitos para alguma das regras ou está prestes a preencher, também é beneficiado com um planejamento prévio, pois, após a Reforma da Previdência, existem diversas regras de cálculo e o valor do benefício pode mudar consideravelmente dependendo de qual for aplicada.
De qualquer forma, o ideal é realizar o planejamento antes de requerer o benefício ao INSS. Entretanto, caso não tenha sido feito, ainda é possível realizar este estudo após a concessão do benefício antes de sacar o valor. Este estudo após a concessão é importante para confirmar se realmente foi concedido o melhor benefício e se o cálculo feito pelo INSS está correto.
Como é feito o planejamento previdenciário?
O planejamento normalmente é realizado em 4 etapas. Cada uma delas é fundamental para que o resultado final do planejamento previdenciário atenda as expectativas do segurado.
- A primeira delas é a Análise dos vínculos do contribuinte com o INSS.
A análise dos vínculos é feita a partir do extrato do CNIS, conhecido como o extrato previdenciário. Na prática, o CNIS deve ser o reflexo da sua vida trabalhista/previdenciária.
O CNIS deve conter um resumo de todos os seus vínculos de emprego e contribuições para o INSS para embasar pedidos de aposentadoria ou outros benefícios previdenciários.
E além do extrato previdenciário, outros documentos do contribuinte também são analisados, como por exemplo carteiras e contratos de trabalho, contracheques/holerites, extratos, carnês de contribuição, CTC, PPP e outros formulários.
2. A segunda é o Cálculo do tempo de contribuição
Essa tarefa exige muita atenção no processo do planejamento, pois nem todas as suas contribuições são contadas pelo INSS e há atividades que não são informadas ao INSS, mas também podem contar como tempo de contribuição.
Alguns exemplos são:
- Período Especial;
- Tempo de exercício em serviço militar;
- Período que exerceu atividade rural;
- Período em que o segurado recebeu algum benefício.
3. Já a terceira etapa são as Simulações de aposentadoria
As simulações de aposentadorias são as responsáveis por demonstrar os cenários de possibilidades, pois um indivíduo pode ter direito a diversas formas de aposentadoria. E com a reforma da previdência, ainda há várias regras de transição nas quais ela pode se enquadrar.
4. A última etapa é a Conclusão jurídica
O planejamento previdenciário é finalizado através da conclusão jurídica sobre o caso. E do ponto de vista jurídico, a partir do estudo realizado, entende-se quais são os seus direitos previdenciários e qual a melhor aposentadoria para o seu caso.
Esta conclusão jurídica deve considerar a sua realidade pessoal e os impactos econômicos em sua vida em razão da opção por uma ou outra aposentadoria.
Quais são os principais benefícios de um planejamento previdenciário?
Reduz o risco de prejuízo com aposentadoria tardia: muitas vezes o período excedente do trabalho/contribuições, não faz diferença no valor final da aposentadoria, então é fundamental saber a hora certa de parar.
Permite encontrar o melhor benefício possível: a análise individual das necessidades e condições de cada segurado garante identificar qual o melhor benefício e o melhor momento para solicitar.
Facilita a identificação do valor ideal de contribuição: um bom planejamento evita que seja recolhido um valor menor ou maior do que deve ser pago, diminuindo prejuízos ou falta de retorno sobre o investimento.
Garante uma fonte de renda: o planejamento previdenciário pode contribuir para uma tranquilidade que vem do recebimento de uma renda mensal e vitalícia, capaz de prover o trabalhador daquilo que ele necessita para ter uma vida saudável na aposentadoria.
Evita perdas com aposentadoria antes do tempo: o planejamento impede que seja calculado um valor abaixo do pretendido e até mesmo a negativa do pedido de aposentadoria, caso ainda não tenha preenchido os requisitos para o benefício;
O que preciso para fazer o meu planejamento previdenciário (documentos necessários)?
O planejamento previdenciário, além de precisar dos mesmos documentos necessários para dar entrada em uma aposentadoria, pode ser necessário apresentar alguns documentos adicionais, a fim de que seja analisada todas as possibilidades do segurado.
Confira abaixo alguns documentos essenciais para o estudo:
- Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS);
- Fichas financeiras, no caso de servidores públicos;
- Simulação de aposentadoria;
- Carteiras de Trabalho;
- Certidão de Tempo Militar, se houver;
- Guias de Recolhimento Previdenciários;
- Certidão do tempo de contribuição de regime próprio;
- Laudos para comprovação de atividade especial, como o PPP e LTCAT;
- Certidão de escola técnica;
O advogado responsável pelo planejamento previdenciário poderá solicitar outros documentos. O importante é ter o máximo de informações possíveis, além de analisar os documentos que precisam ser corrigidos ou retificados no sistema do INSS.
Por quem o planejamento previdenciário deve ser executado?
Deve ser elaborado por um profissional que conheça a fundo a legislação previdenciária. Normalmente, estes profissionais são advogados especialistas nesta área, nesse caso especialistas em Direito Previdenciário.
Se você é segurado do INSS e pretende usufruir do valor da sua aposentadoria no futuro, não deixe de consultar um advogado especialista de sua confiança, pois este é um serviço essencial para garantir maior segurança e conforto para o futuro.